Nesta quarta-feira (23), o governo brasileiro confirmará sua adesão formal à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça da ONU, acusando o país de cometer genocídio em Gaza. A iniciativa se baseia na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
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(Foto: Agência Reuters) |
Segundo fontes diplomáticas, os repetidos ataques israelenses a civis em Gaza e na Cisjordânia foram decisivos para acelerar a posição do Brasil. O governo destaca que, diferentemente de Gaza, onde o Hamas atua, a Cisjordânia não é controlada pelo grupo – mas palestinos continuam sendo alvo de violência por parte de Israel.
A decisão já havia sido sinalizada na semana passada. Durante a cúpula do Brics, o chanceler Mauro Vieira adiantou à TV Al Jazeera que o país apoiaria oficialmente a ação sul-africana, prometendo: "Em breve, terão essa boa notícia".
Além dos bombardeios, Israel é acusado de bloquear ajuda humanitária, agravando a fome em Gaza. Na terça (22), mais de 100 entidades, como Médicos Sem Fronteiras e o Conselho Norueguês para Refugiados, denunciaram a crise humanitária e exigiram um cessar-fogo imediato, além do fim das restrições à entrada de suprimentos.
Israel defende suas ações como legítima defesa contra o Hamas, alegando que o grupo usa civis como escudos. O país insiste que busca minimizar baixas civis, mas a comunidade internacional pressiona por uma solução para o conflito.
Por: Portal Destaque, em 23/07/2025.
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