Grupo inclui réus que planejavam sequestro e execução de autoridades.
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(Foto: Agência Brasil) |
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu para a próxima segunda-feira (28 de julho) o interrogatório dos dez réus do núcleo 3 do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, será o responsável por conduzir os depoimentos. Esse grupo é acusado de ter participado de ações operacionais, como monitoramento de alvos do plano, além de planejar sequestros e assassinatos de autoridades.
Nesta quarta-feira (23), foram concluídos os depoimentos de todas as testemunhas dos quatro núcleos da trama golpista. Com a oitiva dos últimos nomes listados pelas defesas do núcleo 3, encerrou-se a fase de testemunhas que compareceram para prestar esclarecimentos sobre o caso, sejam elas indicadas pelo Ministério Público ou pelas defesas dos 31 réus envolvidos.
Nesta quinta-feira (24), está previsto o interrogatório dos seis réus do núcleo 2, acusados de coordenar medidas estratégicas para viabilizar o golpe, incluindo a elaboração de um decreto ilegal e o uso indevido da estrutura da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No mesmo dia, serão ouvidos os sete réus do núcleo 4, que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), disseminaram desinformação para desacreditar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral, criando um ambiente propício à ruptura democrática.
Os interrogatórios serão transmitidos ao vivo pela TV Justiça, assim como ocorreu com os réus do núcleo 1. Embora processos penais sejam públicos, este é o primeiro caso em que o STF realiza transmissões ao vivo dos interrogatórios. Já os depoimentos das testemunhas não foram televisionados, seguindo determinação do ministro Alexandre de Moraes, e só puderam ser acompanhados presencialmente por jornalistas em Brasília. Com o fim das oitivas, os registros dos depoimentos dos núcleos 2, 3 e 4 serão incluídos nos autos do processo.
O caso foi dividido em quatro ações penais pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, com aval da Primeira Turma do STF. A medida, criticada pelas defesas, foi justificada como forma de agilizar o andamento do processo.
Confira os réus dos núcleos 2, 3 e 4:
Núcleo 2
- Filipe Martins (ex-assessor de Jair Bolsonaro)
- Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro)
- Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF)
- Mário Fernandes (general do Exército)
- Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do DF)
- Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário adjunto de Segurança do DF)
Núcleo 3
- Bernardo Romão Correa Netto (coronel)
- Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel)
- Estevam Theophilo (general)
- Fabrício Moreira de Bastos (coronel)
- Hélio Ferreira (tenente-coronel)
- Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel)
- Nilton Diniz Rodrigues (general)
- Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel)
- Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel)
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel)
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel)
- Wladimir Matos Soares (policial federal)
Núcleo 4
- Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva)
- Ângelo Martins Denicoli (major da reserva)
- Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente)
- Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel)
- Reginaldo Vieira de Abreu (coronel)
- Marcelo Araújo Bormevet (policial federal)
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal)
Por: Portal Destaque, em 23/07/2025.
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